Páginas

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A necessidade da Arte

CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DA ARTE E CULTURA
PROFESSORA: Elisa Muniz Barretto de Carvalho
TEXTO: 1

A NECESSIDADE DA ARTE


Milhões de pessoas lêem livros, ouvem música, vão ao teatro e ao cinema. Por que? Dizer que procuram distração, divertimento, relaxamento, é não resolver o problema. Por que distrai, diverte e relaxa o mergulhar nos problemas e na vida dos outros, o identificar-se com uma pintura ou música, o identificar-se com os tipos de um romance, de uma peça ou de um filme? Por que reagimos em face dessas “irrealidades” como se elas fossem a realidade intensificada? Que estranho, misterioso divertimento é esse? E, se alguém nos responde que almejamos escapar de uma existência insatisfatória para uma existência mais rica através de uma experiência sem riscos, então uma nova pergunta se apresenta: por que nossa própria existência não nos basta? Por que esse desejo de completar a nossa vida incompleta através de outras figuras e outras formas? Por que, da penumbra do auditório, fixamos o nosso olhar admirado em um palco iluminado, onde acontece algo que é fictício e que tão completamente absorve a nossa atenção?
É claro que o homem quer ser mais do que apenas ele mesmo. Quer ser um homem total. Não lhe basta ser um indivíduo separado; além da parcialidade da sua vida individual, anseia uma “plenitude” que sente e tenta alcançar, uma plenitude de vida que lhe é fraudada pela individualidade e todas as suas limitações; uma plenitude na direção da qual se orienta quando busca um mundo mais compreensível e mais justo, um mundo que tenha significação. Rebela-se contra o ter de se consumir no quadro da sua vida pessoal, dentro das possibilidades transitórias e limitadas da sua exclusiva personalidade. Quer relacionar-se a alguma coisa mais do que o “eu” , alguma coisa que, sendo exterior a ele mesmo, não deixe de lhe ser essencial. O homem anseia por absorver o mundo circundante, integra-lo a si; anseia por estender pela ciência e pela tecnologia o seu “eu” curioso e faminto de mundo até as mais remotas constelações e até os mais profundos segredos do átomo; anseia por unir na arte o seu “eu” limitado com uma existência humana coletiva e por tornar social a sua individualidade.

Texto retirado de:
Ficher, Ernest - A necessidade da Arte - Círculo do Livro - São Paulo –
Paginas 12-13

Comente esta imagem

Estudando sobre cultura

CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DA ARTE E CULTURA
PROFESSORA: Elisa Muniz Barretto de Carvalho

CULTURA
A primeira definição de caráter antropológico de cultura vem de Edward Burnett Tylor (1832-1917), para quem cultura é “[...] todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.” (TYLOR, 1871, apud LARAIA, 2001, p. 25).
Nesta definição Tylor enfatizou a idéia de aprendizado na sua definição de cultura, mostrando a cultura como sendo todo o comportamento aprendido, tudo aquilo que independe de uma transmissão hereditária.
Sabemos que o comportamento dos indivíduos em sociedade depende de aprendizado, um processo que se denomina endoculturação. É através deste processo de socialização e aprendizagem de cultura que podemos explicar a capacidade de qualquer pessoa adquirir hábitos culturais do povo com o qual cresceu.

Iniciando nosso blog

Ola pessoal da Pedagogia UNIPAC de Uberaba.
Estamos iniciando nosso blog da disciplina de Fundamentos e Metodologias do Ensino de Arte e Cultura.
Sejam todos bem vindos. Sintam-se a vontade para postarem comentários.
Aqui irei colocar algumas das produções dos colegas e textos básicos da disciplina.

Elisa